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O dia em que a automação embarcada salvou o roadmap do nosso produto: lições e resultados

João Pedro
João Pedro
4 min de leitura
30 de nov. de 25

Se você é CTO, PM ou Tech Lead de um SaaS B2B, provavelmente conhece a sensação fria na espinha quando um cliente Enterprise diz: "Adoramos o produto, mas só fecho o contrato se tiver integração nativa com o Salesforce e notificação no Slack até sexta-feira."

O seu roadmap, que estava lindo e planejado no Jira, acaba de levar um soco no estômago.

Aqui no Triglit, antes de sermos a plataforma que somos hoje, vivemos esse cenário na pele. Nossa equipe de engenharia estava se tornando uma "fábrica de webhooks", gastando 70% do tempo mantendo integrações quebradas e apenas 30% inovando no produto principal.

Neste post, vou compartilhar a história de como a automação embarcada não foi apenas uma feature, mas a estratégia de sobrevivência que salvou nosso roadmap (e nossa sanidade).

O Inferno da Integração Caseira

Todo SaaS começa do mesmo jeito:

  1. Um cliente pede uma integração.

  2. O dev mais sênior diz: "Ah, tranquilo, é só consumir a API deles, faço um script em Python rapidinho".

  3. O script funciona. O cliente fica feliz.

Seis meses depois, você tem 50 scripts "rapidinhos" rodando em cron jobs obscuros, a API do parceiro mudou a versão, a autenticação OAuth quebrou e aquele dev sênior está tirando férias.

O resultado? Dívida técnica.

Nós estávamos paralisados. O time de produto queria lançar a nova feature de IA, mas os engenheiros estavam ocupados demais tentando descobrir por que o JSON do HubSpot não estava sendo parseado corretamente para o Cliente X.

O sentimento era claro: Estávamos construindo tubos e encanamentos, em vez de construir a casa.

A decisão: Build vs. Buy vs. Embed

Precisávamos sair desse ciclo. Analisamos as opções clássicas do mercado:

1. "Deixa que o cliente usa o Zapier"

É a saída mais fácil, mas tira o usuário do seu produto. Você diz: "Faz uma conta lá no Zapier e se vira". O problema: Você perde o controle da experiência (UX), o cliente paga duas faturas e, se der erro, a culpa ainda recai sobre o seu suporte. Para vendas Enterprise, isso soa amador.

2. Construir um motor de integrações in-house

Tentamos isso. Começamos a codar nossa própria fila de eventos, gestão de retentativas e logs. O problema: Demora meses. De repente, você está gerenciando infraestrutura de filas (Kafka/RabbitMQ) em vez de focar no core business.

3. Automação Embarcada (A virada de chave)

Foi aqui que a ficha caiu. Precisávamos de uma infraestrutura que fosse invisível para o usuário final, mas poderosa para nossos devs. Algo que rodasse dentro do nosso produto.

Como implementamos a mudança (e os resultados)

Ao adotar uma arquitetura de automação embarcada (a premissa que deu origem ao Triglit), mudamos a lógica. Em vez de hard-codar cada endpoint, criamos fluxos visuais que nosso time de Customer Success — e até os próprios clientes — podiam configurar.

Veja o que aconteceu nas primeiras 4 semanas:

1. Tempo de Desenvolvimento (Dev Time)

  • Antes: 3 a 5 dias para codar, testar e deployar uma integração simples (ex: enviar lead para CRM).

  • Depois: 45 minutos para configurar o fluxo no painel do Triglit e testar.

  • Ganho: Redução de ~90% no esforço de engenharia.

2. Manutenção e Logs

Antes, para debugar um erro, precisávamos acessar logs da AWS/CloudWatch. Com a automação embarcada, passamos a ter um painel visual de execução. Sabíamos exatamente onde o dado parou.

Agora, a infraestrutura do Triglit gerencia retentativas, autenticação e rate limits automaticamente.

3. O Roadmap Desbloqueado

Essa foi a maior vitória. Com os devs liberados da manutenção de integrações, conseguimos antecipar o lançamento da nossa feature principal em dois meses. O roadmap voltou a respirar.

Automação não é fru-fru, é estratégia de retenção

Se você é um gestor técnico, meu conselho é: não subestime o custo de oportunidade das integrações manuais.

Cada hora que seu melhor engenheiro gasta consertando uma integração de e-mail marketing é uma hora a menos que ele gasta tornando seu produto único no mercado.

A automação embarcada permite que você diga "SIM" para o cliente Enterprise que exige customização, sem que você tenha que dizer "NÃO" para a evolução do seu produto.

Quer salvar o seu roadmap também?

Você não precisa passar pelo "inferno da integração caseira" que nós passamos. O Triglit foi construído por devs, para devs, para resolver exatamente isso.

  • Tenha integrações nativas em minutos, não meses.

  • Mantenha o usuário dentro da sua interface.

  • Escale sem aumentar a equipe de engenharia.

Pronto para começar?

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